quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ATÉ BREVE – EU NÃO POSSO E NÃO QUERO DIZER ADEUS – O TREM DO TRABALHO NO BEM.

Há sempre uma luz, no fim do "túnel da existência", e, não há momento difícil que não possa ser superado, quando se tem fé e honestidade de propósitos.

Na virada de 2010 / 2011, precisei tomar uma difícil decisão em minha vida. Vinha de um longo período amadurecendo o momento de me afastar de uma ‘CASA’, Instituição religiosa onde desde os 17 anos de idade eu passei a estar ligado, por fortes laços espirituais e de amizade. Durante 35 anos, com pequenos períodos de afastamento diante de necessidades da vida, como casamento, filhos, trabalho, foi, nessa Instituição que eu desenvolvi um trabalho de solidariedade e fraternidade, através dela, e, em nome dela, e o que representa, pude, apesar das minhas imperfeições e dificuldades, contribuir para a sociedade, e para com todos os irmãos em momento de maior necessidade que eu.

Aconteceram fatos que não cabem aqui citação, mas, por conta deles, me vi diante de minha consciência e princípios que sempre nortearam minha vida, aos quais luto para ser fiel, obrigado, a adotar posição de discordar de muito do que estava sendo colocado em prática.

A conciliação ficou impossível, pois, no meu entendimento, princípios básicos foram esquecidos, e, chegou a hora de decidir.

Com o coração apertado durante tanto tempo, encontrei a resposta que procurava, do que fazer, assistindo a um filme sobre Chico Xavier, quando em certo momento é confrontado pela irmã, que diz ser ele causa de sofrimento para a família, e que sua presença significava desconforto e contrariedade. Chico, apenas deu um sorriso, beijou a irmã, e abriu mão de desfiar todo o direito que possuía de ali permanecer. Foi embora e “pegou um trem para a próxima estação”, ONDE CONTINUOU E AMPLIOU SEU TRABALHO DE AMOR AO PRÓXIMO.

Assim fiz eu, (obviamente guardada a enorme e devida diferença para com Chico Xavier) sem levar malas de mágoa ou ressentimento, entendendo que o trabalho é mais importante que o trabalhador, “peguei meu trem” e desembarquei em outra “estação” onde procuro hoje contribuir e retribuir com o muito que recebo.


Laços espirituais, estabelecidos no amor e trabalho no bem, não podem nunca ser rompidos, por isso, não há como dizer ADEUS, pois, é certo que, em algum momento das esquinas da eternidade planetária, serei convocado para dizer “VOLTEI”.

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Matéria dedicada a duas pessoas que viveram e sofreram esse momento junto comigo: Conceição e Carla.

Que Deus nos ilumine e cubra com sua misericórdia.
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